domingo, 19 de maio de 2013

O QUE É LITERATURA E GÊNEROS LITERÁRIOS

AUTO PSICOGRAFIA
 

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa


O que é Literatura?

“Arte literária é mimese (imitação); e a arte que imita pela palavra” - Aristóteles - Grécia


“A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem.” Louis Bonaldo – França Sec.XIX
 

Literatura é a arte da linguagem escrita, que explora todas as potencialidades de comunicação e expressão e é capaz de transpor limites de tempo e espaço.

Os Gêneros Literários
A literatura é a arte que se manifesta pela palavra, seja ela falada ou escrita. Quanto à forma, o texto pode apresenta-se em prosa e verso. Quanto ao conteúdo, estrutura e, segundo os clássicos, conforme a “maneira de imitação”,podemos enquadrar as obras literárias em três gêneros: o lírico, quando um “eu” nos passa uma emoção, um estado; o dramático , quando “atores, num espaço espacial, apresentam, por meio de palavras e gestos,um acontecimento”; o épico , quando temos um narrador (este último gênero inclui todas as manifestações narrativas, desde o poema épico até o romance, a novela, o conto).
 

Gênero Lírico

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Por muito tempo, até o
final da idade média, as poesias eram cantadas; separando-se o texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica. A partir daí, a métrica (a medida de um verso é definida pelo número de sílabas poéticas), o ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras, foram elementos cultivados com mais intensidade pelos poetas.


Quanto ao conteúdo, os poemas líricos se caracterizam pelo predomínio dos sentimentos, das emoções, o que os torna subjetivos. A poesia em geral pertence a estes gêneros:
Ode e hino: (Grécia) significam “canto”. Ode é uma poesia entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades.
Elegia: é uma poesia em tom triste. Fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém.
Epitalâmio: é uma poesia em homenagem às núpcias de alguém.
Idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas ( relativo à vida dos pastores, à vida campestre).
Sátira: poesia que se propõe corrigir os defeitos humanos, mostrando o ridículo de determinada situação.
 

 Gênero Dramático

Drama, em grego, significa “ação”. Ao gênero dramático pertencem os textos, em prosa ou poesia, feitos para serem representados. Este gênero compreende as seguintes modalidades:
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror.
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes.
Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes.
 

Gênero Épico

A palavra epopéia vem do grego, épos, que se refere à narrativa, em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo. É uma poesia objetiva, impessoal, cuja característica maior é a presença de um narrador falando do passado, motivo pelo qual os verbos aparecem no pretérito. O tema é, normalmente, um episódio grandioso e heróico da história de um povo. Principais epopéias (ou poemas épicos):
Ilíada e Odisséia - Homero (Grécia, narrativas sobre a guerra entre Grécia e Tróia, Os Lusíadas (Portugal, Luis de Camões), O Uruguai - (Brasil, Basílio da Gama)


Gênero Narrativo

 
Como variante do gênero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da estrutura, da forma e da extensão,as principais manisfestações narrativas são:
Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem.
Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitativa (vale a extensão ou número de páginas. Assim como também características qualitativas, como por exemplo a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida e o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.
Conto: é a mais breve simples narrativa, centrada em um episódio da vida
Fábula: Narrativa inverossímil , com fundo didático, que tem comoobjetivo transmitir uma lição de moral, normalmente a fabula trabalha com animais como personagens. Quando os personagens são serem inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.
 

Resumindo:
Gênero Lírico: Predomínio dos sentimentos, da emoção, o que as torna subjetivas.
Gênero Dramático: Textos em prosa ou poesia, feitos para serem representados.
Gênero Narrativo: Visto como uma variante moderna do gênero épico, enquadrando, neste caso, mas narrativas em prosa, as principais narrativas são o romance, a novela, o conto, a fábula e a crônica.

O Pranto de Maria Parda - Gil Vicente



Escrito por Gil Vicente em 1522, "O Pranto de Maria Parda" é uma tragicomédia que retrata o reino em decadência caracterizado pela fome, seca, abandono das terras pelos camponeses e o êxodo para a cidade e mar, resultando na morte de muitos durante a sua caminhada. Lisboa era uma cidade mulata, cheia de gente vinda da Guiné. Maria Parda personaliza a escrava negra que sucumbe ao álcool e que se consola com mais uma "litrada".

O Pranto de Maria Parda é uma das mais célebres peças de Gil Vicente. Intencionalmente, o grande dramaturgo, retratou a realidade das classes pobres de Lisboa, no Século XVI. Contrariando os discursos que enalteciam e louvavam a beleza e opulência da capital de um imenso império, Gil Vicente procura desvelar a vivência dos negros e mestiços chegados e nascidos na metrópole que, em Quinhentos, calcula-se que perfaziam 10% da população de Lisboa. Muitos eram alcoólatras, mal cristianizados, deprimidos pela subvida serviçal e sem perspectivas de futuro a que estavam votados. Vêm-se carnalizados na figura literária de Maria, arguta e corrosiva observadora da sociedade, amante do vinho carrascão. Podemos imaginar apenas o impacto que o monólogo terá tido na corte e junto do monarca; quando se viu defronte de atrevida mestiça, da base da pirâmide social, para mais mulher, mais a mais sexualmente livre, assumir, entre canadas de vinho, uma das mais lúcidas e desesperançadas críticas à sociedade dos "fumos da Índia".

Este monólogo de Gil Vicente é uma “lamentação” posta na boca de uma velha mulata bêbada (“parda” vem da tez negra da sua pele). Escrito em 1522, ano de terrível fome no reino, o monólogo foi muito popular e teve numerosas reedições. O desespero de Maria é cómico, o seu testemunho burlesco. Faz rir e isso é uma maneira de exorcizar o drama da fome. “O Pranto de Maria Parda” é uma paródia, no estilo da chocarrice popular, em que se esconjura e elimina o sofrimento e a morte através do humor.

LEIA O TEXTO ORIGINAL.

terça-feira, 14 de maio de 2013

APLICAÇÃO DE PROJETO VIVENCIAL



A educação inclusiva é um grande desafio que inquieta professores, técnicos e a gestão da escola.
A rotina do cotidiano escolar está permeada de situações desafiadoras e, às vezes angustiantes, quanto ao tratamento relativo à questão da inclusão de alunos com deficiência.
Essas dificuldades atingem não só os professores, mas alunos, técnicos e demais membros da comunidade escolar, pois, em muitos casos, sentem-se despreparados para atender ou conviver com o aluno que apresenta limitações de ordem física ou mesmo mental. Resultado dessa situação, muitas vezes é o abandono da e pela escola desse aluno considerado “especial” que ainda é vítima de preconceito e rejeição devido a sua condição ou até mesmo pelo desconhecimento de suas reais necessidades.
Por conta dos fatos descritos acima, levantou-se a seguinte questão: Até que ponto professores e equipe de técnicos, diretamente envolvidos com o aluno especial, conhecem as reais  necessidades desse aluno? 


1.    Qual a base familiar desse aluno?
2.    Como a condição socioeconômica desse aluno?
3.    Que tratamento esse aluno recebeu na escola durante o Ensino Fundamental?
4.    Qual o diagnóstico que a escola dispõe sobre o aluno?
5.    De que forma o diagnóstico foi feito? Que tipo de profissional ou especialista é responsável pelo laudo apresentado à escola?


Diante dessa inquietação a Equipe Gestora do Colégio Pte. Fernando Henrique irá desenvolver um PROJETO VIVENCIAL,


sábado, 4 de maio de 2013

Conceito de Currículo integrado às Tecnologias



O DIREITO À EDUCAÇÃO E O CURRÍCULO



O Direito à educação é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas.  A educação é um direito humano fundamental em si mesmo e é essencial para o desenvolvimento humano e para garantir o gozo de outros direitos. A educação, assim concebida, tem que ser de livre acesso, garantir oportunidades iguais, oferecida dentro de um padrão de qualidade e visar o pleno desenvolvimento humano. E uma das formas de efetivar o direito à educação é o currículo escolar.

Quero compartilhar com você minha reflexão sobre o currículo integrado às tecnologias.